VIVER PELOS IRMÃOS

Cada uma das cinco Regiões de Nahiyar possui um lema que define sua constituição social, sua opção como povo. Neste texto, iremos examinar o lema do Norte: “o Mazaunin do Norte vive pelos irmãos”. Esta é uma proposição muito significativa, pois, com clareza e objetividade, expõe a opção dessa sociedade por um tipo de relacionamento social fundamentado na cooperação, na igualdade e no senso de responsabilidade de uns pelos outros.

A visão fraterna dessa sociedade peculiar perpassa toda a narrativa da trilogia como um emblema característico do povo do Norte. Esse sentimento de pertencimento a uma coletividade assentada em princípios universais de corresponsabilidade e coesão social é decisivo para sua identidade. O povo do Norte, não raro mal compreendido e hostilizado por seu modo de vida, é, na verdade, essencialmente marcante no conjunto das sociedades de Nahiyar.

A opção dos Mazaunin do Norte pela solidariedade como regra de convivência aponta para uma sociedade mais evoluída, cuja trajetória histórica revela que, de fato, o melhor caminho é o da simplicidade.  A História do Norte, ao contrário do que possa parecer, não é a mera contemplação dos dias. É uma História de lutas, de resistência, de um povo forjado nos embates pela liberdade e autodeterminação.

O povo do Norte de Nahiyar estabeleceu, historicamente, a fraternidade como baliza da vida social e comunitária. Isso significa um sentimento de igualdade real, profundo, enraizado em sua cultura e transmitido de geração a geração como fundamento de sua própria existência. Para eles, a força está na unidade, e na coesão plena reside o sentido de existirem como povo. O bem-estar deve ser coletivo, para que também seja individual.

Para os Mazaunin do Norte, não há subordinação entre uns e outros, apenas a definição de responsabilidades individuais que sempre se direcionam para o bem comum. Governantes e governados precisam manter-se interligados pela mesma compreensão humanística da reciprocidade social historicamente estabelecida, sob pena de se dissociarem a tal ponto que os governantes já não sejam mais considerados aptos a governar e, por isso, sejam removidos do governo.

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