A GUERRA, ESSA ESTUPIDEZ

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A História da Humanidade pode ser chamada, infelizmente, de a História das Guerras. Desde tempos remotos, o ser humano tenta subjugar o semelhante mediante o uso da força e da violência. Causar dor e sofrimento ao outro para impor seus interesses tem sido admitido como alternativa para a solução de impasses de diversas naturezas.

Antes da Era Cristã, Alexandre, o Grande, conquistou quase toda a Europa e Ásia. As batalhas memoráveis que marcaram suas extraordinárias conquistas podem parecer, quase vinte e cinco séculos depois, românticas e heroicas. Entretanto, enquanto se desenrolavam, eram sanguinárias e cruéis. Não poucas vezes, populações de cidades inteiras foram dizimadas ― pela execução dos homens em idade de lutar e pela venda de mulheres e crianças como escravos ― a exemplo de Tebas e Tiro.

Após a Revolução Francesa, no período do final do século XVIII e iníco do século XIX, a Europa aristocrática se uniu para restabelecer, de qualquer forma, a monarquia na França. Para conservar sua supremacia econômica na Europa e no mundo, a Inglaterra fomentou uma incessante campanha de guerras contra a França, que enfrentou várias coalizões de países. Por seu turno, para conquistar a Europa, dominar economicamente o mundo e, assim, quebrar a hegemonia econômica britânica, Napoleão mergulhou o continente europeu em uma era de guerras sucessivas. Muitas pessoas morreram, inúmeras ficaram órfãs, a destruição se espalhava por todos os lados. Aliados e adversários do Imperador da França matavam-se mutuamente, sem complacência, e a desolação acompanhava o avanço das tropas napoleônicas por onde passavam.

O século XX foi, sem dúvida, o século das guerras. Nem um único dia, em todo o século XX, o mundo viveu paz completa. Cada dia desses longos cem anos teve, pelo menos, em algum lugar, um conflito armado. Nem mesmo após as experiências amargas e terríveis das duas grandes guerras mundiais os governantes se emendaram. E o povo, que os elege e costuma embarcar em suas trágicas aventuras, demonstra não ter aprendido alguma coisa com a História. Nem mesmo a desumana e criminosa explosão de duas bombas atômicas sobre civis, que arrasou e destruiu completamente duas grandes cidades japonesas, parece ter significado alguma coisa.

Esse absurdo, essa estupidez é, infelizmente, corriqueira no cotidiano da humanidade. No momento em que escrevo este texto, dados informam que há 29 (vinte e nove) conflitos armados em atividade no mundo. Entretanto, a grande mídia não os menciona ― exceto quando a finalidade é atender aos interesses dos controladores da mídia mundial, o poderoso capital financeiro internacional.

Em A Honra do Clã os Mazaunin também se envolvem com a guerra. Se observarmos atentamente, não teremos dificuldades em perceber que, embora o contexto histórico da trilogia seja peculiar de um mundo ficcional, os fundamentos da guerra sempre são os mesmos. A motivação da guerra, em última análise, é a mesma, seja na ficção, seja na realidade: ganância! Alguém quer tomar à força algo que o outro tem. Seja para aumentar as próprias riquezas, seja para expandir o próprio poder, a guerra é, pura e simplesmente, um instrumento de aniquilação coletiva. E sempre começa antes que seja disparado o primeito tiro ou lançada a primeira bomba. Toda guerra é um crime contra a humanidade.

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