LENDAS E TRADIÇÕES

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O capítulo dezoito de O Legado do Profeta é intitulado “Lendas”. Consideramos esse capítulo particularmente importante para que o leitor tenha uma visão mais profunda a respeito da História dos povos de Nahiyar — e até mesmo de Yankin.

Todas as sociedades se desenvolvem em torno de suas lendas, tradições, crenças e mitos. As verdades de cada povo se constituem no conjunto de manifestações de sua cultura, sedimentando os conhecimentos que moldam sua identidade e o diferenciam de outros povos, dando-lhes feições únicas, capazes de enriquecer a existência humana de forma muito particular.

Os povos elegem seus heróis a partir de sua vocação histórica. Assim, enquanto uns cultuam os guerreiros, outros veneram os sábios, enquanto uns destacam os políticos, outros dão proeminência aos artistas… Portanto, entendemos que a formação de um povo e sua consolidação no ambiente universal está poderosamente vinculada às escolhas que esse povo faz dentro das circunstâncias em que se sedimentam suas bases históricas.

Os povos de Nahiyar não escapam a essa verdade. O capítulo 18 de O Legado do Profeta, certamente um dos mais curtos de toda a trilogia, demonstra a importância da revisitação à própria História para a tomada de decisões. Estas, orientadas por essa análise histórica feita por proeminentes membros do Conselho de representantes de todas as Regiões, com suas peculiaridades e aspectos históricos específicos, poderá afetar todo o futuro dos povos de Nahiyar e — ainda que indiretamente — dos povos de Yankin.

A pergunta que Ekaterian Borne faz a Menthor Bai é mais profunda e intensa do que parece: — Então, você acha que o Papiro do Profeta é uma lenda? — e provoca uma resposta que demarca, de maneira muito significativa, não apenas a posição de um Mazaunin, mas a experiência de todo um povo e sua relação com as lendas, as crenças, as verdades e as esperanças que norteiam e caracterizam sua trajetória.

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